domingo, 31 de janeiro de 2016

Escorpião! O Fantasma Brasileiro!

Na década de 60, auge do sucesso da revista o Fantasma no Brasil, surgiram vários personagens brasileiros, calcados no famoso herói de Lee Falk.
O Escorpião foi um deles!
O artigo do meu amigo Antônio Luiz Ribeiro para a o Guia dos Quadrinhos resume a curta trajetória do personagem!
"A primeira aparição do Escorpião não é muito precisa. Rodolfo Zalla afirma que o herói foi encomendado em 1965 pelo editor Heli de Lacerda ao desenhista Wilson Fernandes (ver “MeMo” 4, pág. 60). Mas , de acordo com o pesquisador Toni Rodrigues (do próprio “MeMo”), foi Manoel Cesar Cassoli quem pediu ao Fernandes a cópia do Fantasma, e não Heli. 
Segundo o expediente do número um da revista, seria em agosto de 1966. Mas é possível que o gibi tenha sido levado às bancas somente no ano seguinte.
Wilson Fernandes escreveu e desenhou os primeiros números do Escorpião. Obviamente deu problema com a King Features (detentora dos direitos do Fantasma), e a editora mudou ligeiramente o personagem no numero 3. Ainda assim, não foi suficiente para acalmar a distribuidora Apla, dita por Luis Rosemberg, e a concorrente RGE, que publicava o Fantasma, que ameaçaram processar a Taika por plágio. A historia do quarto número (1967) foi substituída às pressas por Rodolfo Zalla (desenhos) e Francisco de Assis (roteiros), com várias mudanças, tanto visuais como narrativas, mudando totalmente o personagem. Assim, o uniforme azul do Escorpião foi mudado e ele passou a ser uma espécie de guardião da floresta amazônica. E, de acordo com Rodrigues, a historia que ia sair no numero 4, desenhada por Eugenio Colonnese, foi publicada no numero 7, depois de retocarem e adaptarem o protagonista.
E a Apla e a RGE tinham razão. A base de operações do herói, por exemplo, ficava dentro da floresta e, assim como o “Fantasma”, era amigo dos índios locais e também se disfarçava como um homem comum, o sr. Nilson (uma variação do “Mr. Walker”). Como se não bastasse, deixava, ao socar os bandidos, a marca de um escorpião nos seus rostos. Para combater o crime e o perigo comunista, contava com vários apetrechos, como lancha, corda para escalar, faca, revólver etc. 
A revista “Escorpião” foi cancelada em 1968, após 10 números (segundo registros). Em seguida, a Taika lançou uma segunda série da “Escorpião”, que só durou duas edições. 
- Antônio Luiz Ribeiro."










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