domingo, 25 de julho de 2010

Salvem a Júlia Kendall!




A Mithos Editora anunciou recentemente o cancelamento da revista Júlia Kendall a partir do número 67, mas após um verdadeiro lamento dos fãs e colecionadores, a editora resolveu estender a publicação até o número 71. Após a apuração do resultado das vendas destas quatro edições, a editora dará ou não continuidade a publicação. Eu como sempre, já comprava dois exemplares da revista, passei a comprar então três, achando que minha contribuição ajude a salvar a revista.
Hoje meu amigo Sérgio Luiz lá das Minas Gerais, me falou que está comprando quatro.
Se cada leitor/colecionador da Júlia, passar a adquirir dois exemplares, entendo que as vendas dobram, mais aí vem a pergunta, será suficiente? O quanto a editora necessita vender para manter a rentabilidade da operação?
Se não der certo nossa tentativa de salvar a revista, penso que a editora poderia pensar em publicar revistas com dois personagens. Que tal Mágico Vento e Júlia Kendall na mesma revista?
Era comum na EBAL, principalmente nas revistas de faroeste termos histórias com vários personagens. Cansei de comprar revistas por um único personagem que acompanhava.
Como os direitos de publicação pertencem a mesma editora, acho que aí pode haver uma solução.
Seria uma pena perder a publicação da Júlia no Brasil.
Vejam matéria publicada no Globo/Gibizada a respeito da personagem:
"A atriz Audrey Hepburn fez muitos papéis antológicos no cinema. Foi princesa em Roma, garota de programa em Nova York e até Cinderela em Paris. Falecida em 1993, aos 63 anos, ela ainda seria inspiração, cinco anos depois, para uma personagem de quadrinhos: Júlia Kendall. Publicada no Brasil pela editora Mythos no gibi “J. Kendall — Aventuras de uma criminóloga”, a jovem dá aulas de criminologia em uma universidade na cidade fictícia de Garden City, em Nova Jersey, e auxilia a polícia na solução de crimes. Seu rosto é idêntico ao de Audrey Hepburn, uma paixão, desde garoto, do roteirista italiano Giancarlo Berardi, de 60 anos, criador de Júlia e também de outro personagem adorado pelos leitores de quadrinhos: o caubói Ken Parker, inspirado em Jeremiah Johnson, papel de Robert Redford em “Mais forte que a vingança”, filme dirigido por Sidney Pollack em 1972.

— A fonte de minhas inspirações é a vida, não o cinema — explica Berardi por email ao GLOBO. — Dos filmes eu simplesmente extraí a gramática da narrativa por imagens e algumas fisionomias para meus protagonistas. Mas devo igualmente à literatura e àqueles narradores orais que eu ouvia quando criança nos pequenos restaurantes e armazéns do interior.
Júlia, que acaba de chegar às bancas em duas edições especiais — o 60º número de seu gibi regular e o quinto volume de HQs do início de carreira da investigadora, quando ela ainda era uma estudante de criminologia —, é uma das mais complexas personagens femininas dos quadrinhos. Além de comer, dormir e amar, como qualquer pessoa de verdade, ela ainda convive com a empregada e amiga Emily, costuma discutir com o tenente Webb, é admirada pelo rechonchudo sargento Irving e tem no detetive Baxter seu apoio na polícia. Suas histórias em quadrinhos de 132 páginas, escritas por Berardi e colaboradores, são tramas policiais recheadas de influências e profundidade.
— Para criar Júlia, eu trabalhei durante quatro anos estudando os personagens e aprofundando as temáticas. À preparação que eu já tinha em âmbito policial e criminológico, acrescentei cerca de cento e cinquenta textos sobre o assunto e, ao mesmo tempo, voltei à universidade como observador no curso de criminologia — explica Berardi (à esquerda, no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, em 2007), que frequentou aulas no Instituto de Medicina Legal de Gênova, na Itália. — Não se pode tratar com superficialidade um tema tão visitado pela literatura, pelo cinema e pela televisão. Além disso, na vida de todo dia eu sempre fico muito atento para captar ideias, diálogos, personagens, situações. Sem esquecer o saudável hábito de acompanhar jornais e telejornais.
Berardi, que já esteve no Brasil em 2007, no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, não tem interesse por super-heróis e acredita mais no heroísmo de um pai de família, com três ou quatro filhos, que se sacrifica e abre mão de tudo para mantê-los, para fazê-los estudar e ajudá-los a construir um futuro. Segundo ele, suas histórias são cheias desses “heróis”. Júlia, que ainda não tem filhos, mas deve adotar um, à distância, em breve, é uma heroína diferente do habitual nos quadrinhos. Não tem superpoderes, mas a sensibilidade feminina necessária a uma criminóloga:
— As mulheres adoram ouvir, falar de si e se relacionar com os outros. A fantasia, eixo deste trabalho, é também uma prerrogativa feminina, assim como a participação e o instinto do acolhimento. Se bem que, apesar destas premissas, eu tive que chegar quase aos 50 anos para achar a coragem de entrar no personagem de uma mulher. Um desafio que faz tremer e que ainda não tenho certeza se venci."
Fonte: O Globo/Gibizada
Obs: Télio Navega estou utilizando sua matéria para salvar a Júlia! Ajuda aí também!

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