sábado, 26 de novembro de 2011

O Anjo! Quando Novelas Radiofônicas Viravam Quadrinhos!

Difícil imaginar, que assim como os quadrinhos foram parar no cinema (Flash Gordon, Homem Aranha, Capitão América, Superman e tantos outros).
O cinema também foi parar os quadrinhos (Hopalong Cassidy, Planeta dos Macacos e etc...).
No Brasil tivemos um movimento interessante nas décadas de 50 e 60, quando as novelas radiofônicas foram parar nos quadrinhos e fizeram tanto sucesso quanto os programas de rádio.
O Anjo foi um destes famosos personagens, que hoje vamos contar uma pequena parte de sua história.
Em 1959, o radioator Alvaro Aguiar já fazia sucessos há mais de 10 anos  com a radionovela e seu personagem o Anjo na Rádio Nacional.
O Anjo era um detetive milionário que combatia o crime. O programa durou 17 anos e uma curiosidade é que o roteirista do programa era o genial Péricles do Amaral (Capitão Atlas da Garimar).
A Rio Gráfica e Editora querendo aproveitar o sucesso do programa resolve lançar em quadrinhos a revista Aventuras do Anjo. Para isto, convidou para ilustrar as aventuras do personagem, o já talentoso desenhista Flávio Colin.
Então, em Maio de 1959 chega as bancas de jornais o primeiro número da revista.
Flávio Colin já demonstrava a construção de seu estilo original e inegualavel (ainda que muito parecido com Milton Caniff).
Os desenhos do Flávio aliado ao sucesso do personagem no rádio, fizeram com que a revista tivesse lançadas 73 edições, um almaque em 1960 e algumas edições extras.
Assim com Jerônimo o herói do sertão que também saiu das radionovelas para os quadrinhos (vamos contar em breve também sua saga), o Anjo fez sucessos e deixou saudades! E mais um detalhe que nos enchem de orgulho!
Apesar das referências estrangeiras, as estórias e desenhos foram feitas por nossos craques tupiniquins!
Até a edição 43 o Flávio Colin foi o responsável pelos desenhos. A partir da edição 44, desenhos ficaram a cargo do Walmir Amaral e Juarez Odilon, que não foram menos talentosos que o mestre Colin.
As Aventuras do Anjo foi uma das revistas mais duradouras produzidas totalmente no Brasil. Era o tempo que o Brasil buscava criar seus heróis!
Curtam as capas de algumas destas famosas raridades! E na próxima postagem Jerônimo!





















11 comentários:

  1. Foi uma das minhas maiores curtições hagaqueanas! Passeou ao lado de Águia Negra, Zorro, Polícia Montada, Cavaleiro Negro, Cisco Kid, Hopalong Cassidy... Longa vida ao Museu dos Gibis!

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  2. Ouvia (quando criança) três novelas consecutivas na Rádio Nacional: O Cavaleiro da Noite (gênero capa e espada),O Anjo (policial) e Jerônimo o herói do sertão ( caubói brasileiro).Isto nos fins dos anos 50 numa cidadezinha no extremo sul da Bahia (Itapebi).

    Emilio Suzart

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    1. Também eram as minhas novelas favoritas. Aguardávamos ansiosamente pela primeira das três que era o "Cavaleiro da Noite" e sua namorada Izabela, ou Izabelinha como o cavaleiro da noite, usando a sua identidade de cidadão comum a chamava.

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  3. Essa postagem do Anjo está sensacional. Parabens!!!

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  4. Parabéns pelo museu do gibi! Adorei as capas das "Aventuras do Anjo". Parabéns pela sensibilidade artística. Visitarei a pagina mais vezes.

    Meu blog: http://jmarquesarthistory.blogspot.com.br/

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  5. Viva!
    Muito legal!
    Eu sou filho do ator q representou o Faísca, nas Aventuras do Anjo.
    Como conseguir exemplares desses gibis?
    Fico no aguardo.
    Forte abraço do
    Antônio Navarro de Andrade

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  6. Fantásticas revistas com histórias criativas.
    Ouvi também as aventuras no rádio que nos prendiam em casa para não perdê-las.
    Parabéns pelo site.

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  7. Manoel Costa da Silva filho18 de janeiro de 2017 às 17:38

    O anjo!!!detetive inteligente com vários amigos que o ajudavam!!!congratulações ao Museu do gibi!!!sucesso absoluto e sempre!!!

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  8. Eu e meus irmãos ouviamos as Radio Novelas de Aventuras da Rádio Nacional, por volta das 18:00h, era uma sequencia entre Aventuras do Anjo, Cavaleiro da Noite, estes se não me engano alternavam nos dias da semana, já Jerônimo o Herói do Sertão tinha todos os dias.
    Moravamos no Estado do Rio na localidade de Ponte Coberta, praticamente no meio do mato, o rádio era uma das nossas distrações a noite

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  9. da garimar editora teim hora cero

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