domingo, 30 de dezembro de 2018

Capitão Estrela! O Herói da fábrica de Brinquedos Estrela!

Um herói que nasceu na esteira do sucesso da Capitão 7!
Conforme meu amigo Antônio Luiz Ribeiro narra:
"Com o sucesso da série de TV “Capitão 7”, a fábrica de brinquedos Estrela resolveu investir num super-herói próprio, uma espécie de garoto-propaganda. Surgiu assim, na TV Tupi do Rio de Janeiro, num horário diferente, o “Capitão Estrela”. Veterano da Segunda Guerra, Capitão era um mutante (em uma época em que essa palavra não estava na moda) com força, inteligência e agilidade acima do normal. E tinha um parceiro juvenil, Menino Brazil (isso mesmo, com "z" ) que, apesar de vir de uma família de humildes sergipanos, era loiro e com olhos azuis. O Capitão era interpretado pelo gaúcho Dary Reis, enquanto que seu nemesis, o terrível Gargalhada Sinistra, ficava a cargo de Turíbio Ruiz. Assim como o “Capitão 7”, o novo personagem virou, além de televisivo, também um herói multimídia, chegando inclusive a ganhar seu próprio gibi em 1961, a revista “Fantasia”, editada pela mesma editora Continental do “Capitão 7”, inclusive com os mesmíssimos desenhistas (liderados por Jayme Cortez). 

O gibi do “Capitão Estrela” acabou não agradando o público leitor, e sua revista só durou oito números.Talvez o principal problema tenha sido a confusão visual. Por exemplo, na TV, embora em preto e branco, era evidente que o uniforme que Reis usava era branco. Só que nas capas dos gibis a roupa era vermelha. E seu parceiro nos quadrinhos era o garoto Joel. No final das contas, a dupla do gibi ficou mais parecida com Mr. Escarlate e Pinky do que com a versão da TV. 

Apesar das mancadas, “Capitão Estrela” é sempre lembrado por quem cresceu lendo gibis nos anos 60. Era uma época em que editoras como a Continental/Outubro tinham tomado uma decisão importante: só trabalhar com desenhistas brasileiros. Juarez Odilon, um dos desenhistas da casa, era quem capitaneava o gibi do “Capitão Estrela”. Trabalhou anteriormente para a RGE, no final dos anos 50 e início dos 60, desenhando de tudo, ao ponto de suprir a falta de material americano para séries como Cavaleiro Negro (Black Rider) e Fantasma (de Lee Falk). Depois da Continental, ingressou na EBAL como ilustrador e capista, mas chegando também a desenhar HQs de O Judoka". 

Curtam as capas das revistas do Herói Brasileiro!
É uma das coleções mais complicadas de se completar, apesar das 8 edições somente!









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